O que um Pregador deve Evitar

No ofício da pregação muitos cuidados devem ser tomados.
Certos deslizes, por mais inocentes que sejam, podem trazer consequências desagradáveis para um pregador, desde uma simples crítica até a ridicularização de seu ministério.

Além da direção do Espírito Santo, o pregador precisa de preparo e de precauções para que sua pregação não se torne uma caricatura do que deveria ser. Alguns erros frequentes, e que devem ser evitados a qualquer custo, são:

1) Subir ao púlpito sem saber a referência do texto que será ministrado. Não é bonito e não transmite confiança subir ao púlpito e dizer que não sabe onde está escrito o texto que será ministrado. Alguns chegam ao fiasco de dizer ao auditório: "se alguém souber, me ajude".

2) Pregar sobre um tema difícil sem que tenha pleno conhecimento do que ele envolve. A pregação não deve ser feita na intenção de impressionar os ouvintes, portanto, é bom deixar os assuntos de difícil interpretação para um grupo de estudos ou para ser ministrado quando se tiver pleno domínio de todos os detalhes que o envolvem.

3) Usar o próprio testemunho para incrementar a pregação. Contar uma história de si mesmo durante a pregação pode causar a sensação de que a mensagem não é sobre o Evangelho, mas sobre o pregador. É comum que alguns ouvintes entendam que o pregador deseja colocar-se como exemplo, e acabarem rejeitando sua pregação. O correto é usar a oportunidade de um testemunho para que isso seja feito.

4) Não critique outros pregadores ou outros ministérios. Usar o púlpito para criticar o trabalho de outro pregador ou outra igreja, além de feio, é extremamente degradante. Combata heresias, fale de pecados, mas nunca de pessoas ou de instituições.

5) Usar palavras demasiadamente difíceis. Na maioria das igrejas, a simplicidade da pregação faz a diferença. Tentar impressionar os teólogos presentes pode levar o pregador a deixar os fieis no vácuo. Nem todos irão compreender a mensagem se ela estiver recheada de palavras desconhecidas pela maioria.

6) Dizer o que a Bíblia não diz. Ir além do que está escrito é um erro sério advertido nas Escrituras (1 Coríntios 4:6). Não é bom ousar dizer o que a Bíblia não diz. Acrescentar interpretações adicionais, visões, revelações que complementem o texto etc. são práticas que caracterizam as seitas, que não podem sustentar suas doutrinas dizendo apenas o que a Bíblia diz.

7) Clichês ou Chavões. Frases de efeito, usadas para impressionar ou para estimular, com alguma aparência de verdade, mas que no fim, não condizem com o que dizem as Escrituras. Exemplos: "Quem tem promessa não morre", "Deus ajuda a quem madruga", "Não cai uma folha da árvore sem a permissão de Deus", "Pentecostal que não faz barulho está com defeito de fabricação", "Quem não vem pelo amor, vem pela dor", "Quem canta ora duas vezes", etc. Estas expressões - entre outras - além de não serem bíblicas, nem sempre trazem alguma verdade.

8) Vire para a pessoa que está do seu lado e diga (...). Não existe expressão mais irritante usada pelos pregadores do que essa. Alguns, alegando ser uma estratégia para que o público não se disperse, acabam destruindo completamente o interesse dos ouvintes, visto que a frase é repetida várias vezes durante a pregação.

9) Amém???
Cumprimento os irmãos com a Paz do Senhor! Amém???
Deus vai agir hoje aqui, amém???
Vamos orar, amém???
Vamos ficar de pé, amém???
Vamos ofertar, amém???

Dispensa explicações (risos).

10) Falar em tom inadequado - Gritar sem necessidade, falar muito rápido, muito baixo ou muito devagar pode acabar comprometendo a atenção dos ouvintes. Falar coerentemente, em tom de voz agradável e pausadamente podem favorecer a pregação. Deixar as alterações no tom de voz em momentos de maior ênfase também.



Querido pregador, envolva sua plateia em uma pregação coerente, audível e bem fundamentada.

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